
Os trabalhadores que atuam no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da cidade de São Paulo, decidiram paralisar as atividades por 48 horas a partir das 7h desta terça-feira (9). Segundo o SINDSESP (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), que representa a categoria, apenas 30% das unidades vão continuar operando durante a greve.
Atualmente, o serviço do Samu possui 122 ambulâncias e quase 1.700 profissionais. Por dia, o Samu atende mais de 5 mil ligações, mas algumas são trotes. Em média, são realizados 600 encaminhamentos diários de viaturas para o atendimento de ocorrências.
A decisão ocorreu após uma assembleia em que os funcionários do serviço rejeitaram uma proposta da Secretaria Municipal de Saúde, para uma série de mudanças no serviço, que faz o atendimento pré-hospitalar de urgência na cidade. A negociação ocorre desde a última sexta-feira (5).
A prefeitura decidiu desativar 31 das 58 bases do serviço na cidade e realocar os funcionários para UBSs (Unidades Básicas de Saúde), AMAs (Assistência Médica Ambulatorial), UPAs (Unidade de Pronto-Atendimento) e CAPSs (Centros de Atenção Psicossocial).
Os trabalhadores querem que a Prefeitura de São Paulo reveja esta decisão, pois avaliam que as antigas bases modulares, muitas que inclusive já foram desativadas, “possuem boa estrutura e boa localização para um atendimento ágil e de qualidade à população paulistana”.
A Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de São Paulo, afirmou por meio de nota que tenta um “diálogo racional e do consenso” e que lamenta que “as entidades de classe tenham optado por manter a ameaça de greve de um serviço essencial para o cidadão paulistano”.
Na assembleia desta segunda, a Secretaria Municipal de Saúde havia proposto a formação de uma comissão para visitar as bases e monitorar as mudanças propostas pela pasta e, também, rever escalas de plantão e avaliação de casos particulares de problemas com o serviço na cidade.
A Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de São Paulo, afirmou na nota que “tomará todas as medidas possíveis para reduzir o impacto desta ação inconsequente e assegura que irá responsabilizar as entidades por qualquer dano à população que essa greve venha a provocar”.